Adam Babbage
Plankalkul – 2011 – Faulkner Editorial
Holanda
(1953)
Babbage escreveu um único romance, que só recentemente ganhou sua primeira edição em português. E isso quase vinte anos depois da edição holandesa. Plankakul se utiliza de uma emulação de linguagem de programação para contar a vida do andróide Pascal, sua namorada (não se sabe se também é um modelo de vida artificial) e seu “pai”, chamado de adversário, o programador Larry Constantine. Plankakul dialoga com o romance SW 16 6PF, de Porfírio Iakoniká, e, como ele, é um cântico em louvor do que é demasiadamente humano. O autor hoje vive recluso em um bairro ao sul de Londres. A beleza desse livro está na fragilidade da sua criação, na tentativa frustrada de criar algo novo, assim como é a própria vida de cada um de nós. Plankakul não ganhou prêmios literários, mas foi conquistando leitores ao longo dos anos. Em entrevista ao crítico Julian Cardoni, Babbage declarou de braços cruzados que: “Viver é tentar escrever e falhar”.
Trecho:
“nome do personagem;
pascal
controla (administra uma biblioteca)
executa uma simples caixa de mensagem e escreve “Olá Mundo!”.
variação. – (Não suporta)
(corpo) (body)
começa o romance (qualidade do protagonista, inteligência)
pascal = x
X e Y, juntos.
(Pág. 12)
Se X = Y e Z , temos o adversário, larry constantine (Z).
(fim da lista de personagens)
enredo = personagem x, personagem y e personagem z.
(limpa a tela)
end.”
(Pág. 38)
Tradutor: Sóstenes da Silva.
Esse tradutor e’ mais que um poliglota, e’ um garganta profunda.
Muito boa a ideia do livro. Mr. Babbage faria a alegria dos nerds.
Obrigado, Filipe.